domingo, 28 de setembro de 2008


A beleza na arte é um tema abrangente, pois existem diversas formas de apreciá-las. Ressaltando que a mesma desperta uma sensação de prazer quando apreciamos uma obra de arte, onde podemos ainda distinguir as sensações provocadas por sua cor, formas, linhas e luz.
Di Cavalcante retrata em suas obras a sensualidade e beleza presente na mulher, ou pode-se dizer na “mulata brasileira”, onde o nu era visto não como uma forma de escandalizar e sim como sinônimo de beleza.
Como podemos observar tanto nas obras de Di Cavalcante e em algumas obras do Período Impressionista Edouard Manet, a sensualidade feminina era exposta de uma forma real, pois para aquela época o nu era visto como forma de escândalo. Manet ousadia de suas criações teve algumas de suas foram rejeitadas pelos salões.



Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro Conviveu com Mario e Oswald de Andrade, Tarsila, Anita e Brecheret. Interessado em pintura, frequentou, em São Paulo, o ateliê do pintor George Elpons, um alemão de influências impressionistas. É considerado, entretanto, um autodidata.Di Cavalcanti em Paris, época em que entrou em contato com Picasso, Braque e Matisse e teve influências, também, de Delacroix, de Gauguin e dos muralistas mexicanos. As temáticas sociais e nacionais tornaram-se presentes em suas obras. Grande parte de sua produção, marcada pela temática da sensualidade da mulata brasileira, as lindas paisagens brasileiras e em algumas obras um pouco da cultura brasileira, onde podemos observar em suas obras o grande amor por seu país. Di Cavalcanti foi o idealizador da Semana de Arte Moderna de 1922.Executou vários painéis, publicou álbuns com gravuras e serigrafias. Participou das I, II (prêmio de Melhor Pintor Nacional) e VII Bienais de São Paulo, da XXVIII Bienal de Veneza, além de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Morreu em 1976, no Rio de Janeiro.


OBRAS DE DI CAVALCANTI



Seresta
pastel - 55 x 44 cm.
- 1924 -

Samba
óleo sobre tela - 63 x 48 cm.
- 1928 -


A Mulher e o Caminhão
óleo sobre madeira - 46 x 56,5 cm.
- 1932 -

Nu
óleo sobre cartão
-c. 1936-

Nu e Figuras
óleo sobre tela
- década de 40 -

Músicos
óleo sobe tela - 54 x 73 cm.
- 1963 -

Samba
óleo sobre tela - 177 x 154 cm.
- 1925 -



Nascimento de Vênus
óleo sobre tela - 54 x 65 cm.
- 1940 -


Menina de Guaratinguetá
óleo sobre tela - 81,5 x 65 cm.
- 1929 -


Mulata com Pássaro
óleo sobre tela - 60 x 50 cm.
- déc. de 50 -

Mulatas
óleo sobre cartão - 50 x 39 cm.
- 1927 -

Nua
aquarela e nanquim
- década de 20 -


Nu deitado
óleo sobe tela - 82 x 100 cm.
- déc. 30

Vênus
óleo sobe tela - 95 x 130 cm.
- 1938-



EDOUARD MANET


Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832, Paris — 30 de abril de 1883, Paris) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época.Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Freqüentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia.




OBRAS DE MANET


Olympia
1863, 130,5 x 190
Museu de D' Orsay, Paris


Amoço na relva
1863, 208 x 264 cm
Museu de D' Orsay, Paris
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